Se olho para o céu de tão puro azul, sai, então, de mim uma prece, pois nele encontro a Ti.
As límpidas vagas do mar num constante brumir exalam Tua doce presença, nelas também encontro a Ti.
Nas montanhas, nos pássaros a cantar, doce alegria invade o ar.
É como o dia no alvorecer a glória que invade a todo o meu ser.
Se os olhos de uma criança fitam-me bem dentro dos meus
Sinto que neles estão a me olhar os bondosos olhos Teus
Se o cântico das cigarras anuncia o anoitecer
Teus sinais, Tua presença anunciam Teu amor por todo ser
Em qualquer lugar, a todo momento eu sinto Teu amor por mim.
Em qualquer lugar, a todo momento eu sinto Teu grande amor por mim.
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No final dos anos 70, eu morava na Vila Operária, em Mambucaba, Angra dos Reis. Minhas filhas eram bem pequeninas e as músicas começaram a chegar. Um espírito de aparência bem jovem começou a ditar algumas músicas. Ele era o Camilo. Ao ditar esta música, A Doce Presença, eu via as cenas como se estivesse na varanda da casa de Dáureo, na Vila Residencial de Mambucaba, quando sua esposa Neuri estava com câncer já em estágio bem avançado. Por isso, ao preparar o vídeo procurei imagens daquela região porque são as imagens de referência ao cantar essa música. Fica aqui a homenagem sincera àquela região na qual minhas filhas cresceram e onde tanto aprendi, à natureza exuberante, obra maravilhosa de nosso Pai Maior,e aos amigos com os quais convivi, em especial às amigas Neuri, Lourdes Manso e Vera Cavalcanti, pessoas maravilhosas já na Pátria Espiritual.